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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Era a Casa de Inácio Caetano 


Era a Casa de Inácio Caetano

O prédio da antiga Prefeitura Municipal foi a casa de Inácio Caetano Vieira de Carvalho

 

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Campos do Jordão, em todas as épocas, sempre se preocupou em transformar-se numa estância para os turistas. Vale dizer, para os de fora... Os jordanenses, os pobres, os humildes, e, ainda, sua verdadeira história, com seus pioneiros, os verdadeiros construtores deste paraíso, nem sempre foram lembrados ou guardados nas páginas do passado.

É verdade que conservar patrimônio histórico custa dinheiro e, ao que parece, foi o que menos sobrou – ou foi dilapidado – em várias administrações...

Um houve, porém, que mereceria mais atenção, pelo que representou no passado jordanense, que vem de 1771, quando para cá se lançou, aventurosamente, enfrentando a mata desconhecida, o frio benéfico, que também desafiava as pessoas.

Inácio Caetano Vieira de Carvalho, o protagonista deste trabalho trouxe sua experiência, seu patrimônio e criou aqui seus familiares.

É difícil dizer o que teve de enfrentar numa mata virgem, densa, onde atrás de cada moita poderia encontrar jaguatiricas e outros animais selvagens. Tais como outros moradores muitos anos após, que vieram para ficar, ele e seus familiares não esmoreceram. Foram aparecendo pequenas casas rústicas de madeira e, a melhor que lhe serviu de residência, a casa que serviu de sede à Prefeitura...

Poucos devem estar sabendo que a antiga sede municipal ao lado do cinema – que ainda não é um espaço cultural, embora merecidamente preste homenagem a um grande médico – Dr. Além – era a Casa de Inácio Caetano... Lá, também, funcionou a primeira escola primária em Abernéssia, onde estudou o Guedes, da Administração do Mercado e, posteriormente, se transferiu para o Grupo Escolar de Jaguaribe, no caminho rumo à Igreja local.

Muitos homens cultos escreveram sobre o passado da estância, mas a verdade é que a maioria dos jordanenses, seja culta, seja alfabetizada, pouco lê, quase nada sabe de nossa história... Em nossos currículos escolares quase nada se ensina das páginas escritas pelos pioneiros...

Num país como o Brasil, politicamente desvinculado de Portugal, que nos explorou o quando pôde, estudamos tudo sobre a história lusa e lá eles, simplesmente, não conhecem NADA de nossa história, NEM TIRADENTES, nosso herói máximo, que eles esquartejaram. Segundo o relato de um dos Braganças, eles procuram ignorar nossa História... e nós ainda nos camos subordinar a acordos ortográficos etc, etc, subservientemente...

Cada município, cada Estado brasileiro TEM DE ESTUDAR sua história, caso contrário seremos sempre um povo que não conhece sua história, um povo que ainda não ama o próprio país.

Campos do Jordão permitiu que se derrubasse o patrimônio histórico representado pela Casa de Inácio Caetano... A filosofia popular da X “Saudosa Maloca” externa a dor que sentiram aqueles que deveras amam esta estância, fazem tudo por ela e dela nada tiram cobrindo-a com muito amor:

Cada “Tauba” que caía, doía no coração...”

Walter Dalla Déa

20/05/1995

 

Acesse esta crônica diretamente pelo endereço:

www.camposdojordaocultura.com.br/ver-cronicas.asp?Id_cronicas=220

 

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