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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Pedro Tereza e os filhos, os beija-flores 


Pedro Tereza e os filhos, os beija-flores

O saudoso Pedro Tereza, o pai dos beija-flores

 

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O saudoso Tatau- Vicente de Oliveira em foto de 19.02.2020

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Como é bom recordar e poder deixar registrado os momentos inesquecíveis da nossa vida.

Lembro que, quando criança, com meus seis ou sete anos de idade, no final da década de 1940, início da década de 1950, morava com meus pais Waldemar e Odete, numa casinha simples de madeira, localizada nos fundos de uma propriedade pertencente ao meu avô paterno Joaquim Ferreira da Rocha. Essa propriedade ficava ali nas proximidades do antigo Posto Fracalanza, de combustíveis da marca Atlantic, na época, pertencente ao saudoso Sr. Horácio Padovan, quase na entrada da atual Vila Fracalanza, local onde, atualmente, está sediado o Mercadinho Piratininga. Essa propriedade, depois do falecimento do meu avô, foi vendida para a Irmandade do Sagrado Coração de Jesus, que lá instalou a sede da ASISO – Assistência Social que encerrou suas atividades no ano de 2010. Éramos uma família de três pessoas: eu e meus pais.

Naquela época, as diversões eram bastante restritas. Nem se pensava ainda na televisão. Rádios, eram poucas as pessoas que tinham condição financeira para comprar um. Aos domingos assistíamos, às vezes, a jogos de futebol, com algumas agremiações existentes em Campos do Jordão. Já existiam alguns craques da bola que faziam sucesso.

Lembro-me de que, muitas vezes, íamos sentar nos bancos de madeira que existiam na Praça da Bandeira, o Jardim da Vila Abernéssia. Algumas vezes apareciam pequenas atrações, como mágico, acrobata, malabarista. O que atraía a criançada eram os carrinhos de pipoca, amendoim torrado e alguns docinhos caseiros. Nessa época fazia grande sucesso, ali na Praça da Bandeira, o saudoso Sr. Pedro Tereza de Oliveira, antigo funcionário de Prefeitura de Campos do Jordão, que levava seus filhinhos, Pedrinho, conhecido como Dinho, e Reginaldo, na época, bem pequenos, com uns quatro ou cinco anos de idade, para cantarem músicas populares e da preferência de muitos que iam para apreciá-los. Passaram a ser chamados de “Os beija-flores”. O pai perguntava para as pessoas o que gostariam que os beija-flores cantassem, e eles, mesmo sem acompanhamento de qualquer instrumento, soltavam a voz com muita força e propriedade. A música mais solicitada naquele tempo era “Beijinho doce”, da autoria de João Alves dos Santos (1912-1988), composta no ano de 1945 e que fez muito sucesso com as Irmãs Galvão, Tonico e Tinoco, dentre outros e, ainda, faz muito sucesso nos dias atuais, até com a Ivete Sangalo. Naqueles tempos ainda não existia o famoso programa da televisão “The Voice Kids”, que revela as melhores vozes da nossa infância. Se existisse, com certeza, eles deveriam estar lá se apresentando com muito sucesso.

Quando acabavam de cantar, o pai deles tirava o chapéu para saudar o público e ficava de prontidão para agradecer alguns trocados que muitos colocavam no seu chapéu para ajudar e premiar os beija-flores.

Com o passar dos anos, o Pedrinho, o Dinho, infelizmente deixou esta vida terrena e foi cantar em outras dimensões. O Reginaldo, porém, nunca deixou de cantar. Aprendeu a tocar violão e tem feito vários shows ao longo da sua vida, para alegrar festas de aniversários, casamentos e encontro de amigos.

Outro irmão deles, o Vicente de Oliveira, o conhecido Tatau, que reside em Campos do Jordão, não canta e nem toca instrumento algum. Com a atividade de ambulante, comercializa vários tipos de produtos.

Edmundo Ferreira da Rocha

02/04/2019

 

Acesse esta crônica diretamente pelo endereço:

www.camposdojordaocultura.com.br/ver-cronicas.asp?Id_cronicas=248

 

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