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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Bafo por telefone... É possível? 


Bafo por telefone... É possível?

Juvenal Rocha Pinheiro - O Daval do Posto Texaco

 

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Na década de 1980, provavelmente lá pelo ano de 1987, eu já trabalhava na saudosa e inesquecível Companhia Energética de São Paulo – CESP. Era costume, não só meu, como de várias pessoas de Campos do Jordão que trabalhavam aqui na Vila Abernéssia, ou morando em outros bairros, virem para os contatos bancários, visto que somente nesta vila estão sediados os bancos da cidade. Também era costume de muitos, inclusive eu, depois do almoço, antes do início do segundo tempo de nossos trabalhos, darem uma parada rápida, de alguns minutos, no saudoso Posto Texaco, de combustíveis diversos, e conversarem com o nosso saudoso amigo Juvenal Rocha Pinheiro, o conhecido Daval, na realidade meu primo em primeiro. Ele e a irmã Esther Rocha Pinheiro eram os proprietários do Posto.

Nesses encontros era comum a presença dos saudosos Pedro Paulo Filho, meu pai Waldemar Ferreira da Rocha, Jair Rocha Pinheiro, irmão do Daval e também meu primo, e de muitos outros.

Nessa época, o nosso grande amigo José Palma, mais conhecido como Bispo ¬– grande jogador de futebol que defendeu várias agremiações locais e que, também, durante muitos anos, foi garçom do Bar e Restaurante “Três Irmãos”, dos irmãos Abitante, Luiz, Sergio e Orlando, localizado no centro turístico da Vila Capivari, no mesmo local onde, há mais de cinco décadas, está estabelecido o tradicional “Restaurante Nevada”, já aposentado –, fazia um serviço interessante em toda cidade, tanto nas residências como nos estabelecimentos comerciais, denominado “Higen-O-Fone”. Esse serviço era feito mediante pagamento de pequeno valor. Periodicamente, o Bispo vinha com sua vespinha cinza, passava de casa em casa e nos estabelecimentos comerciais e fazia uma limpeza e higienização completa nos aparelhos telefônicos, utilizando produtos desinfetantes com cheiro forte à base de cloro, naftalina, eucalipto etc.

Certa vez, eu, Daval e Pedro Paulo Filho, o nosso Pedrinho – o maior historiador de Campos do Jordão e, também, o escritor que deixou muitas crônicas e histórias do cotidiano registradas para a nossa história – estávamos conversando. Nesse momento chegou o Bispo e foi fazer a limpeza dos telefones do Posto Texaco. Terminado o serviço, despediu-se de todos e foi embora. Logo em seguida tocou o telefone, e o frentista do posto, o saudoso Octacílio Rios, mais conhecido como Baiano, pai do nosso amigo Gilmar, que trabalha na Farmácia Santo Antonio, e de Gilmara, que trabalha no escritório Agedel, foi atender. Atendeu e, de onde estava, gritou para o Daval: “Seu Daval, é para o senhor”. O Daval perguntou: “Quem é?” E o Baiano, mais que depressa, respondeu: “Seu Daval, eu não sei não, quem é. Também não perguntei quem era. Só sei que ele está com um bafo de Vick Vaporub danado”. Nem é preciso dizer que todo mundo caiu na risada e não conseguia parar de rir. O coitado do Baiano, pelo menos momentaneamente, não percebeu o motivo de tanto riso. Esse momento ficou na história. Todo mundo que ficava sabendo do acontecido caía na risada e o coitado do baiano, depois, acabava rindo também.

Como o Pedrinho Paulo estava presente naquela oportunidade, como historiador e autor de inúmeras crônicas históricas, pensei que ele tivesse escrito e registrado esse acontecimento histórico para a posteridade da nossa cidade, mas não encontrei em suas narrativas.

Assim sendo, para que não caia no esquecimento e, também, em homenagem aos saudosos e queridos amigos Daval, Pedro Paulo e Octacílio Rios, o Baiano e, também, ao José Palma, o Bispo que, felizmente, ainda está conosco, deixo aqui registrado aquele momento hilariante de nossas vidas.

Edmundo Ferreira da Rocha

31/07/2017

 

Acesse esta crônica diretamente pelo endereço:

www.camposdojordaocultura.com.br/ver-cronicas.asp?Id_cronicas=247

 

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