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História resumida de Campos do Jordão

 

O CLIMA DE CAMPOS DO JORDÃO

Primeiramente, é importante caracterizar o clima de Campos do Jordão. Conforme consta dos registros “Estações Climatéricas de São Paulo”, da autoria do Dr. J. R. Belfort de Mattos Filho, pesquisador do clima jordanense, editado pela Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio do Estado de São Paulo, no ano de 1928, a temperatura média de Campos do Jordão, naquela época, era de 12,8ºC, colocando-a entre os denominados “clima temperado”, também denominado clima de montanha, que abrange temperaturas médias anuais que vão de 15ºC até 5ºC.

Dando continuidade, visando a caracterizar o inverno de Campos do Jordão, nos mesmos registros já mencionados, é comentado “que se observa nesta região, por ocasião das mínimas de temperatura, a deposição da geada mais ou menos intensa, que desaparece no decorrer do dia, e o ambiente se aquece agradavelmente, tornando-se leve e transparente, permitindo avistar os objetos a enormes distâncias, percebendo-se os detalhes do relevo e os contornos das serras longínquas, com muita nitidez.” 

Sobre o clima de Campos do Jordão, especificamente sobre o inverno, no livro “Campos do Jordão”, 4ª edição, de autoria do historiador Dr. Mario Sampaio Ferraz, também editado pela Diretoria de Publicidade Agrícola da Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio do Estado de São Paulo, no ano de 1941, consta o seguinte registro: “Vantagem da estação invernosa” – “Os climas”, recorda o ilustrado Dr. Clemente Miguel da Cunha Ferreira (1857 – 1947, natural de Rezende - RJ – médico tisiologista de projeção internacional, que defendeu tese perante o Dr. Torres Homem, médico do Imperador, sobre “Tísica Pulmonar”, fundamentado em estudos realizados em Campos do Jordão - SP, obtendo graduação com distinção, por unanimidade de votos), “dividem-se, segundo Jaccoud, em ativos ou modificadores, e em passivos ou conservadores. Os primeiros – os modificadores, são climas de montanha; e os segundos – os conservadores –, são os climas das planícies. Campos do Jordão constituem o tipo de clima ativo, modificador por excelência. A rarefação do ar obriga os pulmões a uma ginástica metódica e salutar, levanta vigorosamente a mecânica respiratória, fazendo desaparecer a distrofia local. Pelo abaixamento da pressão barométrica, pelos outros elementos meteorológicos e certas condições hidrotécnicas e sanitárias reergue a dinâmica nutritiva, transforma, metamorfoseia a constituição, pois substitui à hipertrofia geral uma eutrofia viçosa e franca, onde a semente da tuberculose se esteriliza e definha.

Recomendando, de preferência, a estação invernosa, como, aliás, o fazem todos os especialistas de além-mar, diz ainda: 

É no inverno que o poder regenerador e modificador dos Campos do Jordão se ostenta em toda a sua plenitude, sendo que, no verão, há, por assim dizer, alguma cousa de passivo, que se aproxima então dos climas conservadores de Jaccoud, pelo menos em relação a um certo número de indivíduos. Isto se compreende; a ação tônica do frio fustiga com mais energia o funcionamento orgânico, esporeia mais veementemente o sistema cutâneo, aguerrindo-o e regenerando-o; a capacidade digestiva se incrementa e ao apetite oceânico que se desperta corresponde uma faculdade de assimilação possante e enérgica. A máquina animal trabalha com o máximo de atividade, a locomotiva orgânica caminha com o mais forte grau de tensão de vapor e, por isso, a metamorfose da economia é mais pronta e radical.” Aconselha ainda o Dr. Clemente Ferreira, a hidroterapia, que, em tais condições climatéricas, realiza prodígios, secundando a transfiguração orgânica. 

Escreveu ainda o Dr. Clemente Ferreira, prefaciando, em 1922, o livro “Estações Climatéricas de São Paulo”, de autoria do Dr. Belfort de Mattos Filho, inicialmente mencionado: “entre as nossas estâncias de maior realce e maior reputação popular e médica, sobressai Campos do Jordão, que já de bem longa data vem se recomendando e impondo como uma localidade inexcedível pelos seus predicados climáticos gerais, especialmente ativos e eficientes no tratamento de moléstias pulmonares e ainda como incomparável região adaptada à cura e sítio de convalescentes (...) Assim, o Dr. Belfort de Mattos Filho, em seus estudos, evidencia a alta porcentagem que vai até 7,1 miligramas por 100 metros cúbicos de ar, quando na Capital (São Paulo) não vai além de 3.

A presença de ozona é significativa de pureza atmosférica, de sua assepsia e ausência de germes; por isso, no oceano e nas altas montanhas, onde o ar é puro, é elevado o coeficiente de ozona.

Como clima de elevada altitude, de grande terapêutica atmosférica, de fraca nebulosidade e, pois, de farta insolação, os Campos do Jordão desfrutam a enorme vantagem de abundância de oxigênio “eletrizado”. Ainda lhe sobra uma outra fonte de ozona que vem a ser as florestas de pinheiros, onde consoante puseram em relevo os estudos de Duphil, a porcentagem de ozona pode atingir a 9 miligramas, ocorrendo mesmo uma sobrecarga de ozona, como fez ver Maurice de Tierry na região dos Grands – Mulets, a 3.000 m de altitude, coberta de florestas de pinheiros. 

A oxidação das essências e das resinas dos pinheiros produz essa quantidade vultosa de ozona, como, aliás, se encontra em certos litorais.

A pouca nebulosidade da atmosfera de Campos do Jordão explica, também, pela mais direta e mais prolongada ação dos raios ultravioleta do espectro solar, a produção avantajada de tão útil elemento (...) Essa particularidade que possuem os Campos pela sua riqueza em floresta de pinheiros, os demais sítios de grandes altitudes não partilham, como Caldas, Maria da Fé, Teresópolis, Itatiaia, etc.

O ozona, em tais proporções, não pode deixar de contribuir para uma mais perfeita pureza, assepsia e esterilidade da atmosfera dos Campos do Jordão, pois são notórias as suas virtudes microbicidas, já há muitos anos aproveitadas para depuração das águas da alimentação por várias cidades (...). Com a alta proporção do ozona coincide a diminuição do ácido carbônico e dos gases redutores, o que quer dizer que maior será a pureza, a assepsia do ambiente, tudo isso contribuindo para requintar as qualidades do clima.

As maravilhas sobre o clima temperado, o clima de montanha de Campos do Jordão, prolatadas pelos magníficos doutores, Clemente Miguel da Cunha Ferreira, em 1922, Belfort de Mattos Filho, no ano de 1928, e Mário de Sampaio Ferraz, em 1940, engrandecem e dignificam as propriedades inusitadas e especiais do nosso clima, trazendo saudades desses tempos distantes que ficam perpetuados em nossa história.

Campos do Jordão localiza-se a 1.700 metros de altitude e pesquisas científicas acusaram a superioridade de seu clima em relação a Davos Platz, nos Alpes Suiços, bem como um teor de oxigenação e ozona superior ao de Chamonix, famosa estância francesa, pela pureza do ar. Campos do Jordão apresenta vantagem sobre as demais estâncias climáticas brasileiras: o seu clima tropical de montanha faz com que o sol esteja presente praticamente o ano todo. A luminosidade costuma atingir o seu grau máximo no inverno, quando então a temperatura chega a cair até a 5 graus negativos, embora já tenha atingido, no passado, a 18 graus abaixo de 0, em 1992. Pesquisas realizadas de 1961 a 1974 sobre as variações climáticas acusam o mês mais frio em junho, e o mais quente, o de fevereiro (média de 17º a 27º C). O mês de janeiro é o mais chuvoso, o de junho o mais seco, e o de agosto é aquele em que o sol se apresenta em sua maior intensidade. Outros dados sobre a temperatura: temperatura abaixo de 9º C, 14 dias por ano; acima de 25º C, 25 dias por ano; ocorrência de nevoeiro, 49 dias por ano; de orvalho, 113 dias e ocorrência de geada, 42 dias por ano.

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