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Regresso ao Lar

 

 

Aureolado por transcendental idéia

Jesus apareceu na Galiléia.

Viera margeando o Jordão

Onde batizado foi pelo Profeta João.

 

Trazia no rosto pálido, absorto,

O mistério essênico do Mar Morto

E no magnetismo do olhar profundo

Visão cósmica de um mundo

Fornada na prece e na meditação

Com Deus em permanente comunhão.

Contemplava comovido

O Mar da Galiléia tão seu conhecido.

Na praia deixara marca do seu passo,

Nas águas amenizara o cansaço.

Lá estava o Monte Hermon querido,

Simbólico e todo reflorido

Na ilusão ótica da distância

E na paisagem verde da sua infância.

 

Veio-lhe saudade de Nazaré,

Da casa proletária de José,

Dos irmãos e da carpintaria,

Do acalanto balsâmico de Maria...

Bateu à porta do lar paterno.

Minuto que lhe pareceu eterno...

A porta se abriu.

Grito de alegria repercutiu

De coração em coração

Com fervor de oração!

 

A Mãe, coroada pelo templo,

Estátua viva dos contratempos:

Morte de José tão de repente,

Saudade do filho ausente.

Agora, nos seus braços Jesus, querido Jesus,

Enchendo-lhe a alma de estranha luz

E o coração de vago pressentimento

De luta e muito sofrimento.

Contou-lhe Jesus o tempo de ausência,

Se preparando para sua nova existência...

Finda a festa do regresso ao lar,

Jesus começou achar

Difícil conviver com os irmãos...

O céu e o chão.

Tentara criar ambiente de paz,

Santo de casa milagre não faz.

Lembrou, então, à Mãe missão a cumprir,

Comunicando-lhe que ia partir.

Emoção envolveu os dois.

Prometendo levá-la depois,

Maria, resignada, concordou.

Chorando ao filho se abraçou

Partiu Jesus para o Mar da Galiléia,

Iniciando sua odisséia...

 

 

 

 

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