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Início da Missão

 

 

Desembarcaram em Carfarnaum.

Jesus saia pela cidade

Pondo o céu perto de cada um

Pelo caminho da fé e caridade.

De início, considerado simples rabino

Como tantos que viviam na Judéia,

Do ódio ao gentio fazendo amor divino

E do Talmude grossa panacéia.

Por onde passava atraía e separava.

A humildade com ele seguia...

O orgulho parado ficava

Braço dado com a hipocrisia.

Passando pelo posto aduaneiro,

Segue-me!... ordenou a Mateus.

O publicano largou posto e dinheiro,

Deixou César e foi servir a Deus.

Contava parábolas, fazia pregação

Em linguagem poética ao gosto popular.

Lições de moral criadas na ocasião

Que ninguém se cansa de ouvir e contar.

A palavra saía-lhe dos lábios

Bálsamo às aflições do pobre,

Enígma desafiando os sábios,

Insulto plebeu à face do nobre.

Tinha no olhar fulgurações do sol,

Na voz ressonância do futuro,

No gesto o rastro de um farol

Apontando o céu como porto seguro.

Sua figura branca e luminosa

Se destacava na multidão

Como entre cactos um botão de rosa,

Entre gritos de vingança, palavras de perdão.

Comovidos,

Sorrindo choravam.

Fraternalmente unidos,

Se beijavam.

Tanto tempo procurando a esmo,

De encontrar quase sem esperança,

Um Deus que estava dentro deles mesmos.

Seguí-lo agora sem mais tardança.

Mas ele sabia que profeta sem milagre

Para um povo que comera um Maná

Era vinho com gosto de vinagre.

O Rabi fez-se profeta nas bodas de Caná!

 

 

 

 

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