Home · Baú do Jordão · Camargo Freire  · Campos do Jordão

Crônicas e Contos · Culinária  ·  Fotos Atuais · Fotos da Semana

  Fotografias · Hinos · Homenagens · Papéis de Parede · Poesias/Poemas 

PPS - Power Point · Quem Sou  · Símbolos Nacionais · Vídeos · Contato

Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Bendita a mão que planta uma escola. 


Bendita a mão que planta uma escola.

Grupo Escolar Municipal Rio Branco - ano 1944

 

Clique para Ampliar!

Professora Severina Pepi de Souza

Clique para Ampliar!

 

Clique para Ampliar!

 

Clique para Ampliar!

 

 

Quem imaginar poderia, que a modestíssima Escola Mista Municipal da Favela, criada em 1937, pelo prefeito Gavião Gonzaga, pouco tempo levaria para transformar-se no Grupo Escolar Municipal Rio Branco, hoje em dia funcionando com oito classes, superlotadas. Obra do progresso, é certo, e mais do que isso, obra da dedicação de uma professora e da compreensão do prefeito Lourival Francisco dos Santos. Tanto de manhã como de tarde, quem, naquela época, passasse pela rua do Sapo, veria um grupo de crianças apinhadas em um casebre de madeira, às voltas com a prof. Severina Pepi, a qual, num esforço titânico para lapidar-lhes a inteligência, corrigir-lhes os maus costumes e refrear-lhes os gestos bruscos, se esgoelava freneticamente, causando, assim, admiração e dó nos transeuntes. Pois bem.

Muitas daquelas crianças hoje são pais, a professora ganhou o prêmio de alguns cabelos brancos e a escolinha de Dona Severina, como era chamada cedeu lugar a um confortável estabelecimento de ensino, onde centenas de jordanenses, de todas as classes sociais, recebem aprimorada instrução e educação das professoras. Doracy Ferreira, Dayse Ferreira, Lourdes Fairbanks, Geraldina Dubieux, Isa de Almeida, Matilde Aparecida, Ilka A. Braga, Maria José de Araújo, sob a proficiente direção de Dona Severina Pepi.

Vale a pena recordar que, as escolas municipais, em Campos do Jordão, foram criadas em 1955, uma no bairro da Campista e a outra nos Mellos, além de um curso noturno, que funcionava onde hoje é a prefeitura, regidas, respectivamente, pelas professoras Severina Pepi, Hilda Castilho e pelo prof. Jorge Carlquist. Devido sua reduzida frequência, a da Campista foi, pouco depois, transferida, juntamente com a professora, para o bairro da Favela, transformando-se, então, na Escola Mista Municipal da Vila Operária. Substituído o Dr. Gavião pelo Dr. Motta Bicudo, reconheceu este, a urgente necessidade da criação de mais uma classe na Escola da Vila Operária, solucionando-a com a transferência da escola do Lajeado, juntamente com a prof. Ilka Braga, sendo esta, logo em seguida, substituída , por motivo de seu pedido de demissão, pela prof. Geraldina Dubieux. Tomando posse do cargo de prefeito em substituição ao Dr. Bicudo, o Dr. Lourival Francisco dos Santos, imediatamente criou a 3ª, e 4ª escolas municipais e, tempo depois, fez construir o prédio do Grupo Escolar Municipal Rio Branco, o qual foi acrescido de mais uma sala de aulas, pelo Dr. Zenon Lotufo. O atual prefeito, Dr. Orestes de Almeida Guimarães, além de ter ampliado suas instalações, vem prestando toda a assistência moral e material ao Grupo Escolar Rio Branco, ou melhor, como é ele chamado pelo povo, “Escola de Dona Severina”, fato que também o recomenda ao reconhecimento público.

No dia 22 do corrente mês, comemorou-se o 6º aniversário de criação do Grupo Escolar Municipal Rio Branco (criado em 22.10.1943). Trata-se não apenas de uma simples efeméride e sim da consagração de uma mulher que soube bem compreender, toda a significação do verso lapidar de Olavo Bilac: “Bendita a mão que planta uma escola”.

E o Brasil precisa tanto, tanto de escolas...

Escreveu Condelac Chaves Andrade

Publicada no Jornal “A Cidade de Campos do Jordão”, 23 de outubro de 1949, p. 4

OBS: Entre parênteses e negrito acrescentado por nós.

23/10/1949

 

Acesse esta crônica diretamente pelo endereço:

www.camposdojordaocultura.com.br/ver-cronicas.asp?Id_cronicas=229

 

Voltar

 

 

- Campos do Jordão Cultura -