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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

MEDICINA EM CAMPOS DO JORDÃO - UM RESUMO CRONOLÓGICO 


MEDICINA EM CAMPOS DO JORDÃO - UM RESUMO CRONOLÓGICO

Uma imagem da Vila Abernéssia da década de 1930.

 

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FINAL DO SÉCULO XIX

Coube ao cientista CLEMENTE FERREIRA (1857-1947) os estudos pioneiros sobre as qualidades terapêuticas do clima de Campos do Jordão quando, no período de 26 de janeiro a 15 de março de 1882, escreveu: “Contribuição para o Estudo do Valor Profilático do Clima de Campos do Jordão”, trabalho este concluído em 1883 .

O Distrito de Campos do Jordão, do Município de São Bento do Sapucaí, não possuía médicos e sua população era atendida pelo curandeiro Ramiro dos Barrados, este o nome do bairro em que residia.

Em 1878 foi instalada uma Casa de Saúde pelos médicos pindamonhangabenses, FRANCISCO ROMEIRO e GUSTAVO GODOY, para enfermos de doenças do pulmão. Esta foi considerada a primeira Casa de Saúde do Brasil, para tuberculosos.

Dada a fama adquirida pelo clima de Campos do Jordão, o médico LUIZ PEREIRA BARRETO, de Jacareí, mandava que seus pacientes procurassem a estância.

Em 1880 registra-se a presença do médico MANOEL MARCONDES, que o povo chamava de Maneco. Já então espalhava-se, por todo o Brasil, a fama do valor terapêutico do clima jordanense, trazendo levas e levas de enfermos. Era o tempo da climatoterapia. Recorde-se que, à época, a tuberculose era tida como doença incurável.

A partir de 1891, enquanto passava temporadas na cidade, o médico DOMINGOS JOSÉ NOGUEIRA JAGUARIBE atendia doentes.

INÍCIO DO SÉCULO XX

Na virada do Século XX aportou à Vila Capivari o médico PLÍNIO BARBOSA LIMA, em caráter definitivo, sendo considerado o primeiro médico clínico de Campos do Jordão que atendia a toda a população, mesmo à noite, montado à cavalo.

Em 1911 os médicos sanitaristas EMILIO MARCONDES RIBAS e VITOR GODINHO iniciaram gestões junto ao Governo do Estado para a construção de uma estrada de ferro que interligasse Pindamonhangaba à Campos do Jordão. Pretendiam construir uma Vila Sanitária em Vila Capivari, para o tratamento de inúmeras doenças. A ferrovia veio a ser construída em 1914, mas fracassaram os plano de construção de uma Vila Sanitária.

Propagava-se pelo Brasil a fama de Campos do Jordão como estação de tratamento da tuberculose. A partir de 1918 começaram a radicar-se na cidade vários médicos: MIGUEL COVELLO JR, JANUARIO PARDOMEU, MARCO ANTONIO NOGUEIRA CARDOSO, RAPHAEL DE PAULA SOUZA e DÉCIO DE QUEIROZ TELLES, todos dedicados à Pneumologia. Passaram a atender brasileiros de todos os rincões do Brasil. Já na década dos anos vinte acrescente-se também o nome do médico HANS ZIMERMAN.

Em 1922 foi fundada a Liga Beneficiente de Campos do Jordão para prestar assistência aos tuberculosos pobres. Em 1924 o Embaixador JOSÉ CARLOS DE MACEDO SOARES doava terreno em Vila Abernessia para a construção de um Dispensário de Tuberculose (atualmente denominado “Centro de Saúde Silvestre Ribeiro).

Em 1926 já funcionava em Vila Capivari um Posto de Higiene chefiado pelo médico ULISSES GONÇALVES DE SOUZA E SILVA, o qual havia substituído o médico PAULO RIBAS, filho de Emílio Ribas.

SERVIÇOS AMBULATORIAIS DOS ANOS TRINTA E QUARENTA

EM 1931 O Governo do Estado de São Paulo instalou em Vila Abernessia o Ambulatório “Emilio Ribas”, chefiado pelo médico CLOVIS CORREA, tendo como assistentes VICENTE MARSIGLIO E ALUISIO DE PAULA. Em 1939 assumiu a chefia do Ambulatório o médico HELIO FRAGA.

Em 1935 o médico ANTONIO GAVIÃO GONZAGA, então Prefeito Municipal, criou o Abrigo de Emergência para Tuberculosos, já que a cidade era cada vez mais intensamente procurada por doentes pobres.

Em 1939 iniciou suas atividades na cidade o médico LINCOLN FERREIRA FARIA, vindo de Jaboticabal. Foi ele quem deu apoio logístico à escritora Dinah Silveira de Queiroz, para escrever o romance “Floradas na Serra”, todo ambientado em pensões para tuberculosos.

Em 1946 a unidade de saúde foi elevada à categoria de Centro de Saúde e passou a ser chefiada pelo médico FRANCISCO DE MOURA COUTINHO FILHO, tendo como auxiliar PAULO DE CAMPOS TOLEDO.

Ainda em 1946, nessa mesma unidade, passou a funcionar o Serviço de Tuberculose, chefiado pelo médico HILSON VIEIRA DE SOUZA, auxiliado por OSORIO PINTO DE OLIVEIRA, GUILHERME SCHULTZ e JOSÉ CARLOS DA SILVEIRA.

O PERÍODO SANATORIAL

A partir de 1929 começam a se multiplicar, rapidamente, os Sanatórios especializados no atendimento à tuberculosos. Além da Santa Casa Hospital “Dr Adhemar de Barros”, são construidos: Sanatório da Divina Providência (1929), Sanatório São Paulo (1930), Sanatório Santa Cruz (1930), Sanatorinhos (1931), Preventório Santa Clara (1931), Sanatório São Vicente de Paulo (1935), Sanatório Ebenezer (1935), Sanatórios de Santos (1935), Sanatório São Francisco Xavier (1936).

A partir de 1940 o rítmo é mais lento, mas as construções continuam : Legião Brasileira de Assistência (1942), Sanatório Sírio (1946), Bandeira Paulista Contra a Tuberculose (1947), Sanatório Nossa Senhora das Mercês (1960) e Sanatório 3 de Outubro (1975).

Ainda na década de 30, para atender a tantas instituições, multiplicam-se também os médicos de Campos do Jordão, vindos das mais diversas cidades: ANTONIO GALVÃO GONZAGA (São Paulo), MARCO ANTONIO NOGUEIRA CARDOSO (Pirassununga), CLOVIS CORREA (Tietê), FRANCISCO DE MOURA COUTINHO FILHO (Guaratinguetá), EMILIO CURY (Itu), Gualter de Almeida (Rio de Janeiro), FAUSTO BUENO DE ARRUDA CAMARGO (Campinas), HILDEBRANDO DE MACEDO ARAUJO (Rio de Janeiro), JOSÉ CARLOS DA SILVEIRA (Monte Alto), PAULO DE CAMPOS TOLEDO (Tietê), ALDERICO MONTEIRO SOARES (Vassouras) e JANUARIO MIRAGLIA (Jaú).

Por derradeiro, cabe ainda citar os médicos que chegaram a cidade nos anos quarenta e cincoenta. Foram eles: AVELINO LEMOS JR, CESAR CAMARINHA, JOSÉ ARTHUR DA MOTA BICUDO, AMERICO PADULA, JOÃO FERREIRA, OCTAVIO DEL NERO, DECIO QUEIROZ TELLES, MOZART TAVARES DE LIMA FILHO, ANTONIO PIMPÃO, JOSÉ ROSEMBERG, MARIA PONCE DE LEON, ANTONIO DE OLIVEIRA ASSUNÇÃO, ANTONIO NICOLA PADULA, CARLOS RYOMA INOUE, FIMA TOVIANSKI, HEDA FARIA, HILSON VIEIRA DE SOUZA, JOSÉ DE AZEVEDO PASSOS, LUIZ YASSUYKI HIRATA, MANOEL CAETANO FILHO, MARIA DAS DORES GONÇALVES DA SILVA, RADYR DE QUEIROZ, SILVESTRE RIBEIRO, JOÃO PEDRO ALEM, SYLVIO DA COSTA RIOS, JOSÉ ANTONIO PADOVAN, NATHANAEL SILVA, FRANLIN A BUENO MAIA, SAMUEL BARBOSA DA COSTA e JOSÉ RUBENS SIQUEIRA.

(*) NOTA da ASSOCIAÇÃO MÉDICA DE CAMPOS DO JORDÃO – O Dr Pedro Paulo Filho, advogado, é autor de inúmeras livros, monografias e artigos sobre a história de Campos do Jordão. È reconhecido, com todos os méritos, como o maior produtor da historiografia da cidade.

Pedro Paulo Filho

21/06/1998

 

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