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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Cair das folhas... fenômeno que não afeta somente as árvores de folhas caducas 


Cair das folhas... fenômeno que não afeta somente as árvores de folhas caducas

O plátano também é uma árvore de folha caduca. Na foto, os plátanos de nossas avenidas completamente sem folhas.

 

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O plátano também é uma árvore de folha caduca. Na foto, os plátanos de nossas avenidas completamente sem folhas.

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Esta foto é de uma castanheira que, também, é uma árvore de folhas caducas que caem durante o inverno.

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Folhas caducas caídas ao chão durante o inverno.

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Lindas pereiras floridas. As pereiras também são árvores de folhas caducas. Perdem as folhas no inverno. Depois de perderem as folhas no inverno, na primavera, nos brindam com suas flores maravilhosas.

 

É sabido e comprovado que, normalmente, desde a estação do outono até o inverno, várias espécies de plantas, árvores e vegetações, perdem totalmente suas folhas, ficando somente com troncos, galhos e ramificações à vista. Olhando para elas, sem a preocupação de examiná-las com atenção, parecem que estão completamente secas. É o período também chamado de hibernação.

As plantas das regiões temperadas e que perdem as folhas, geralmente nos meses mais frios e com pouca chuva, no outono e inverno, em botânica, são chamadas de caducifólias, caducas ou decíduas. Pelo fato de perderem suas folhas, popularmente são mais conhecidas como caducas.

A queda das folhas desse tipo de vegetação está associada à necessária adaptação em defesa contra a seca fisiológica frente ao rigor do inverno que dura cerca de três meses, sendo bastante rigoroso, com chuvas reduzidas e, portanto, baixos níveis de água.

As folhas desse tipo de vegetação, no outono, começam a mudar de cor e adquirem coloração extremamente típica, passando das diversas e normais tonalidades de verde para o vermelho-vinho, amarelo, laranja, dourado, cobre, castanho, e diversas outras tonalidades. Isso é necessário para que essas vegetações possam retirar das folhas e dos galhos os nutrientes necessários, armazenando-os nos caules e raízes. Com esse processo é criada uma espécie de reserva de nutrição para que possa suportar o inverno frio e seco das regiões temperadas. As folhas adquirem essas tonalidades de amarelo, laranja e vermelho, porque a produção da clorofila nesse processo para e a que resta começa a se desintegrar, dando lugar a outros tipos de pigmentação. As folhas caem e cobrem o solo com espessa camada de matéria orgânica, que permite o desenvolvimento de musgos nutrientes.

“É a forma que as plantas encontram para não perderem água pelo processo da evaporação, pelas folhas. Às vezes ficam só os galhos e o caule. Desta forma elas armazenam a água sem perderem praticamente nada pela evaporação.”

Após essse ciclo necessário e anual, na primavera, esses tipos de vegetação começam a utilizar esse acúmulo de nutrientes para constituirem novas folhas, reiniciando o processo da fotossíntese através delas.

Aqui, em Campos do Jordão, anualmente, esse processo é facilmente observado em vários tipos de vegetação aqui existentes. Há alguns tipos de árvores de folhas caducas que fazem parte da nossa vegetação: pereiras, ameixeiras, pessegueiros, macieiras, plátanos, liquidâmbares, liriodendros, pinheiros-do-brejo (Taxodium distichum) e muitas outras espécies, que perdem suas folhas no outono e inverno, algumas para voltarem a florir e produzir frutos, e readquirirem sua folhagem na primavera.

Toda essa explicação para poder lembrar a antiga e constante preocupação das pessoas que aqui residem e, também, em muitas outras regiões de clima temperado e frio onde acontece esse fenômeno com a vegetação de folhas caducas. Diziam os antigos, lembro-me disso desde os tempos de meus avós, que, com a caída das folhas, também morrem muitas pessoas. Claro, pessoas morrem todos os dias, em qualquer estação do ano. Tenho de concordar que, realmente, durante toda minha vida até os dias atuais, tenho tido a infeliz oportunidade de comprovar que essa preocupação antiga e que vem sendo passada de geração para geração, é plenamente válida e verdadeira. Embora pessoas, aparentemente sadias, tenham nos deixado ao cair das folhas, ao longo de diversas estações de outono e inverno, pudemos observar que, à época do auge da tentativa da cura da tuberculose através do clima especial de Campos do Jordão e ao tempo do tratamento em regime de pensões especializadas e sanatórios, muitos doentes internados acabavam sucumbindo em plena época da caída das folhas, como diziam os mais antigos.

Ao contrário dos diversos tipos de vegetação que perdem suas folhas no outono e inverno, para ressurgirem novas, lindas e belas na primavera, o que acontece com as pessoas que nos deixam nessa época, lamentavelmente, é definitivo. Aqueles que tombam com o cair das folhas partem para sempre e não retornam na próxima primavera.

Hoje sabemos que as baixas temperaturas do inverno são propícias ao agravamento de diversos tipos de doenças. Nessa estação do ano é observado um maior índice de infarto do miodárdio. Sabemos que é importante se proteger do frio, mantendo-se bem agasalhado e aquecido. Pessoas idosas, com histórico de pressão alta, colesterol elevado, diabetes e outras que podem causar infarto, devem tomar muito cuidado, protegendo também o rosto e procurando evitar choque térmico ao sair de ambiente quente para ambiente frio. No inverno acontece maior número de infecções respiratórias e infartos que levam à morte, por causa da diminuição do calibre dos vasos que se esforçam para manter o corpo aquecido, conhecido na medicina como vasoconstrição, que pode até provocar um espasmo das artérias, propiciando o rompimento de placas e provocando o entupimento das veias.

Edmundo Ferreira da Rocha

12/07/2013

 

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www.camposdojordaocultura.com.br/ver-cronicas.asp?Id_cronicas=166

 

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