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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Chico da Bandeirante e a chegada de Cabral ao Brasil 


Chico da Bandeirante e a chegada de Cabral ao Brasil

Francisco Xavier Pereira, o "Chico da Bandeirante" em foto da década de 1950.

 

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Na década de sessenta, no Colégio Estadual e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão – CEENE, no prédio onde hoje se encontra instalada e, em plena atividade, a Escola “Dr.Tancredo de Almeida Neves”, tínhamos uma professora de saudosa memória, chamada Maria Augusta Gonçalves de Carvalho, moça jovem, bonita, muito informal e amiga de todos os alunos, natural da cidade de Cruzeiro, no Vale do Paraíba - SP. Era a responsável pela cadeira de História, matéria que dominava com muita propriedade, sabedoria e facilidade.

Um de nossos colegas de classe, o Francisco Xavier Pereira, mais conhecido como Chico da Bandeirante, filho do nosso querido e saudoso homem público e comerciante respeitadíssimo em Campos do Jordão, o seo Júlio “da Bandeirante”, proprietário de um dos mais famosos armazéns de secos e molhados das décadas de 40 a 60, pois assim é que eram denominados esses tipos de estabelecimentos comerciais.

O seu estabelecimento, especificamente, tinha o nome de “A BANDEIRANTE” e foi situado no local onde hoje se acha instalado o Restaurante do Serginho, em frente à praça, hoje denominada, com muito merecimento e justiça, de Julio Domingues Pereira – Julio da Bandeirante. O seo Júlio era casado com a nossa querida Dona Alvina Pereira.

Na época, moravam em sua casa no local onde hoje se acha estabelecido o “Hotel Colinas”, de propriedade do nosso amigo Silvio Rios, o Bolinha do Banco do Estado, nas proximidades do atual Pólo de Estacionamento.

Identificadas as partes, vamos ao tema de nossa pequena história.

Certa feita, numa das provas bimestrais de História do Brasil, a professora Maria Augusta, entre as perguntas formuladas inseriu a seguinte pergunta: Como Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil?

Claro, a intenção da professora era saber, realmente, como Cabral acabou saindo de Portugal no ano de 1500, com sua famosa esquadra composta pelas caravelas Santa Maria, Pinta e Nina, vindo a aportar em solo desconhecido, passando para a história como o descobridor do Brasil, no dia 22 de abril daquele ano.

Nessa resposta deveria ser dito que Cabral saiu de Portugal com sua esquadra de caravelas, aparelhadas de um a quatro mastros de velas bastardas, impulsionadas pelo vento, rumo às Índias, com a finalidade de buscar especiarias diversas, entre elas as mais famosas, como o cravo, canela, noz moscada etc. Porém, devido a algumas tempestades e ventos fortíssimos, a esquadra desviou-se de seu trajeto original e predeterminado, ficando à deriva.

Também, deveria ter dito que, após esse acontecimento e procurando restabelecer a rota principal, sem sucesso, acabaram chegando a terras desconhecidas, cujos habitantes nativos foram, de imediato, chamados de índios, na esperança de terem chegado à Índia. Terras que, a princípio, foram chamadas de Ilha de Vera Cruz, posteriormente, Terra de Santa Cruz e, finalmente, Brasil, devido à abundância de uma espécie nobre de madeira de cor vermelha como brasa, cuja essência passou a ser utilizada na tinturaria para tingir tecidos.

O nosso amigo Chico da Bandeirante, porém, ou desconhecia esses pormenores ou, por um lapso de memória, esqueceu-se deles e, após diversas tentativas no sentido de responder à pergunta e achando melhor não deixá-la sem resposta, quem sabe, garantindo alguns pontinhos com uma resposta qualquer e quase certa, arriscou e colocou sua resposta: “Cabral saiu de Portugal pelo caminho dos mares com sua esquadra e foi navegando..., navegando... navegando... navegando... e chegou!”

Essa foi uma resposta folclórica que, durante muito tempo, serviu de chacota e pilhéria em nosso querido e saudoso CEENE, o colégio mais famoso de toda a história estudantil de Campos do Jordão, registrando eternamente, em seus registros informais e, talvez, doravante formalizados, a passagem do nosso grande e querido amigo Chico da Bandeirante que, atualmente, vive nos Estados Unidos da América.

Edmundo Ferreira da Rocha

23/02/1999

 

Acesse esta crônica diretamente pelo endereço:

www.camposdojordaocultura.com.br/ver-cronicas.asp?Id_cronicas=160

 

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