Antonio de Oliveira Damas


Antonio de Oliveira Damas - FS303 - 04

Antonio de Oliveira Damas - Filho de Martinho de Oliveira Damas e D. Joaquina da Costa Damas, neto paterno de José de Oliveira e de D. Maria Joaquina e neto materno de Luiz José da Costa Bernardes e de D. Maria Nunes. Nasceu em São Martinho da Sardoura, freguesia portuguesa do Concelho de Castelo de Paiva- Portugal - 20/01/1883 / Faleceu em Campos do Jordão-SP. 02/06/1968, com 85 anos de idade.

Foi um dos muitos, ilustres e dedicados pioneiros que ajudaram na construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, nos anos de 1912 a 1914. Era sobrinho do Empreiteiro da Ferrovia, Sr. Sebastião de Oliveira Damas, a quem se deve a conclusão das obras da Estrada de Ferro, devido à falência da Empresa S/A - E.F.C.J.. Sebastião O. Damas era irmão de seu pai Martinho O. Damas.

Depois da inauguração da Ferrovia e da sua encampação pelo Governo Estadual, ainda por alguns anos o Sr. Antonio de Oliveira Damas prestou serviços à ferrovia que lhe custou tantos sacrifícios. A ponte sobre o Rio Paraíba, a maior obra de arte da Ferrovia, foi construída com as dificuldades da época. Seu Antonio O. Damas, lá estava vadeando o rio, mergulhando em águas incontroláveis, muitas vezes ao dia, para implantar, junto com seus homens, os pilares da obra que, durante todos esses anos, desde sua construção, vêm resistindo sem qualquer abalo, não só os impactos das cheias como também, a constante vibração dos bondes e gôndolas que trafegam sobre os trilhos e dormentes por ela suportados. Acidentado, certa vez, nos tempos heróicos da estrada de ferro, suportou pacientemente por cerca de quarenta anos os efeitos de uma perna fraturada, como também o artritismo, herança adquirida na labuta de abrir o leito da estrada, ora dentro da água, ora sob a densa, fria e constante neblina serrana.

Fixou residência em Campos do Jordão, na Vila Jaguaribe que, desde o ano de 1922, passou a ser o seu mundo. Foi estabelecido com Armazém de Secos e Molhados, como era costume identificar os locais onde eram vendidos gêneros alimentícios de todas espécies e bebidas em geral. Esse armazém era denominado “Casa Damas”. Estava localizado no mesmo local do prédio existente ao lado da Padaria e Supermercado Roma, onde, atualmente, existe uma lavanderia. Durante todo tempo em que aqui viveu e residiu ali no centrinho de Jaguaribe, na Av. Dr. Januário Miráglia, no local onde, atualmente, existe uma Praça e um prédio comercial por ele construído, já ampliado, onde em uma das lojas comerciais está sediada “A Casa do Churrasco” e na parte superior, com entrada pela Rua Sebastião de Oliveira Damas, 25, o “Escritório de União de Contabilidade”. Nessa sua propriedade, juntamente com a esposa, cultivava pêras, ameixas e maçãs diversas. Durante as “Festas Nacionais da Maçã”, realizadas em Campos do Jordão, especialmente dos anos de 1953 a 1955, receberam várias medalhas e troféus pelas maravilhosas maçãs que cultivava com muito carinho e que eram o grande orgulho do casal Damas. Foi casado com a Sra. Maria de Freitas Damas, sua prima, conhecida pelos familiares como “Micas”, filha do tio Sebastião de Oliveira Damas, com quem teve os filhos: Noêmia, Mercedes, Álvaro, Martinho e Roberto. Amou Campos do Jordão e foi um fervoroso defensor do seu progresso. Orgulhava-se de Campos do Jordão, das suas flores, das suas frutas, das suas geadas e dos lindos dias de céu azul indescritível. Admirava os homens que eram os fautores, promotores do progresso. Faleceu em Campos do Jordão, com 85 anos de idade.

 

 

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