Emílio Ribas - Homenagem


Emílio Ribas - Homenagem - FS182 - 01

Uma foto histórica do dia 29 de março de 2012 tirada no recinto da Biblioteca Municipal de Campos do Jordão “Professor Harry Mauritz Lewin”, por ocasião das filmagens dos documentários elaborados pelo Governo do Estado de São Paulo, para homenagear o Sesquicentenário do nascimento do grande Médico higienista e Sanitarista Dr. EMÍLIO MARCONDES RIBAS, (Pindamonhangaba - 11 de abril de 1862 / São Paulo - 19 de fevereiro de 1925).

Na foto, da esquerda para a direita: Jarmuth de Oliveira Andrade, Pedro Paulo Filho, o médico Dr. José Lélis Nogueira e Edmundo Ferreira da Rocha.

Na homenagem dos 150 anos do nascimento do sanitarista Dr. Emílio Ribas, um dos criadores do Instituto Butantan e pioneiro na luta contra a febre amarela e a varíola, foi realizada uma exposição de fotos e vídeos em São Paulo, nas dependências do Instituto de Infectologia do Hospital Emílio Ribas de São Paulo.

Nessa comemoração aos 150 anos do nascimento do sanitarista de Pindamonhangaba (SP), foi lançada também a biografia "Emílio Ribas: O Guerreiro da Saúde", escrita pelo médico José Lélis Nogueira e editada, por enquanto, em tiragem limitada para doação.

Na oportunidade da abertura da exposição o Dr. Emílio Ribas foi escolhido como patrono da saúde pública de São Paulo pelo governador Geraldo Alckmin.

O Livro da autoria do médico Dr. Lélis Nogueira:

Preocupado em perpetuar os grandes feitos do sanitarista Emílio Ribas, o autor Lélis Nogueira lançou livro biográfico que conta a trajetória de luta do paulista que mudou os rumos da saúde publica do Brasil. A narração consiste na contextualização do cenário da medicina do último século e do espírito revolucionário de alguém que ia contra a opinião científica, alcançando a cura para diversas doenças.

Em um dos trechos, Lélis explica o embate heróico do profissional que na cidade de Jaú precisou enfrentar a fúria de populares que queriam invadir o hospital para retirar os pacientes do isolamento. Na época, além de desacreditarem na cura dos enfermos, entendiam que os familiares mereciam morrer em suas próprias residências, próximo aos familiares. Emílio Ribas entendia que desta forma a doença só se multiplicaria, e estrategicamente organizou uma ação armando prisioneiros contra esse grupo de pessoas e ainda conseguiu convencer os detentos a voltar para o presídio.

Realizações do médico Emílio Ribas

- Pioneiro na luta contra a febre amarela no Brasil e na América do Sul;

- Criador do Instituto Butantan, na época em que a peste invadiu o Brasil (1899); - Idealizador de Campos do Jordão como estância climática, juntamente com Victor Godinho, em 1911;

- Estudou a forma atenuada da varíola, levando os seus estudos aos grandes centros científicos, onde foram discutidos e acatados;

- Reorganizou o Serviço Sanitário, remodelando o Desinfectório Central, o Hospital de Isolamento, os Laboratórios de Análises Clínicas e Bromatológicas, o Farmacêutico e a Seção de Engenharia Sanitária.

– Idealizador do Sanatório de Santo Ângelo, o primeiro com características mais humanas de assistência aos hansenianos no Brasil.

A participação de Jarmuth de Oliveira Andrade, Pedro Paulo Filho e Edmundo Ferreira da Rocha, nessas homenagens, levou em consideração o trabalho do Dr. Emílio Ribas com o Dr. Victor Godinho, na sua luta para a construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão:

O Dr. Emílio Ribas, juntamente com o Dr. Victor Godinho, outro Médico Sanitarista Dr. VICTOR GODINHO (Rio de Janeiro - 26 de dezembro de 1862 / Rio de Janeiro - 26 de setembro de 1922), dois médicos de renome internacional, baseados nos importantes estudos realizados sobre o clima de Campos do Jordão, elaborados pelo companheiro Dr. Clemente Miguel da Cunha Ferreira, Médico Sanitarista e Tisiologista de projeção internacional (27/09/1857 / 06/08/1947), reconhecido como pioneiro no combate à tuberculose no Brasil, idealizaram e construíram a Estrada de Ferro Campos do Jordão. Esse importante trabalho foi, também, o ponto de partida para a fundação dos Sanatórios de Campos do Jordão, especializados no tratamento da tuberculose.

No dia 27/abril/1912 foi cravada a primeira estaca para a construção da ferrovia. A construção foi iniciada no dia 01/outubro/1912 e, depois de dois anos e quarenta e cinco dias, foi oficialmente inaugurada, no dia 15 de novembro de 1914.

Naquela época, somente o clima especial e privilegiado de Campos do Jordão, aliado ao repouso regrado, vigiado e obrigatório e boa alimentação, eram a esperança na tentativa da cura da tuberculose. Os medicamentos eficazes somente começaram a ser utilizados com sucesso a partir da década de 1940.

O principal objetivo da construção da ferrovia era facilitar aos seus pacientes e doentes acometidos pela tuberculose, um acesso mais rápido e confortável para Campos do Jordão, por ser uma vila no alto da Serra da Mantiqueira, com clima de montanha ideal para as pessoas que procuravam e necessitavam de tratamento para a cura do mal do século XX. Até então, o acesso aos Campos do Jordão somente era possível a pé, lombos de cavalos ou burros ou, para os mais abastados economicamente, em liteiras e bangüês. Dessa maneira, colaboraram também, para a fundação dos Sanatórios de Campos do Jordão, especializados no tratamento da tuberculose.

A ferrovia cumpriu, por muitas décadas, seus objetivos iniciais, que motivaram a sua construção. Também, foi o único e primordial meio de transporte para passageiros, escoação da produção agrícola da região, transportes de materiais para a construção dos Sanatórios, hotéis e inúmeras residências em Campos do Jordão. Atualmente é altamente importante para o turismo de toda região.

No dia 15 de novembro de 2014, a Estrada de Ferro Campos do Jordão estará completando seu primeiro centenário. Cem anos de bons trabalhos prestado para o progresso de Campos do Jordão.

 

 

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